segunda-feira, 5 de julho de 2021

O Homem Negro

Criado no bairro de pernambues na cidade de Salvador – BA descobriu-se músico aos 12 anos, e desde então vem tentando realizar um sonho, viver trabalhando com arte, não escolheu ser músico por modismo ou porque achava bonito ver pessoas cantando, “a música o escolheu, é sua vocação”. Quando criança não tinha condições de ter um instrumento por isso fazia música orgânica, batendo em latas, ou com um pedaço de pau batendo nas paredes, vendo sua vocação musical, quando fez 18 anos ganhou violão de presente, sem dinheiro para tomar aulas aprendeu a tocar sozinho, chamado de louco porque queria montar uma banda com estilo e composições próprias. Nunca desacreditou! Em 1995 conheceu o rap através do funk carioca com a música rap da Felicidade- MC Cidinho e MC Doca , quando ouviu aquela música teve a certeza que seria músico. Em 1997 um amigo lhe emprestou uma fita cassete do Thaide e DJ Um, e outra do Racionais MC, ai veio o interesse por cantar rap. 20 anos de música e quase Dez anos de rap. Ailson é conhecido na cena rap de Salvador como “O Homem Negro”, vem destacando-se no cenário musical baiano com o estilo musical que ele chama de Rap “Roots”. O rapper procura expressar seus sentimentos políticos e sociais de forma embasada através da poesia cantada em verso e prosa. O Homem Negro participou de alguns eventos nacionais e internacionais, se destacou participando do premiado espetáculo “BARRELA” direção Nathan Marreiro, texto de Plínio marcos, onde cantava rap no salão do teatro Gregório de Matos, recepcionando o público que antes de assistir a peça assistia ao seu show. Com a música “Um Sonho Muito Louco” concorreu ao prêmio Hútuz 2008, na categoria; melhor demo masculino (festival de rap da America latina, promovido pela CUFA- Central Única das Favelas), e com o espetáculo “Fragmentes”, participou como ator e rapper no Festival Internacional de Teatro de Curitiba, de forma inédita no teatro baiano, um ator cantando rap em um espetáculo teatral. Integrante e um dos fundadores do “Coletivo de Artes João Ninguém” Projeto Vencedor do Prêmio Cultura Hip Hop edição Preto Ghoéz 2010, na categoria conexões, realizado Pelo MINC, secretária da Diversidade Cultural e Instituto Empreender. O homem negro que também é professor de filosofia tenta passar consciência crítica aos seus alunos utilizando o rap como ferramenta didática.

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